terça-feira, 11 de outubro de 2011

Step by step

Ando com a mente em branco.
Ansiosa por pintá-la de decisões importantes.
Delas continuo à espera, como se a minha vontade em nada influenciasse.
Vem-me sempre à memória aquela magnífica conversa numa cama de hotel entre os inócuos Bill Murray e Scarlett Johansson, e a frase do brilhante Bob:

Enjoy your fright!

Vou aprendendo...

One of my favorites...

Clementine: This is it, Joel. It's going to be gone soon.
Joel: I know.
Clementine: What do we do?
Joel: Enjoy it.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Filmhaus aus Berlin

Gostei. E desenvolvi uma curiosidade (que terei de saciar prontamente) por ver, ouvir e interiorizar todas as performances e aparições súbitas de Marlene Dietrich. E vou cumprir.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sugestão

Espreitem o programa aqui: http://www.dourofilmharvest.com/pt/
Infelizmente a ante-estreia do meu tão esperado Midnight in Paris será dia 11... e Berlim espera-me.
If you can, do go, and tell me all about it.
Tentarei aproveitar onde der durante a semana.

Curious...

http://www.publico.pt/Cultura/o-prazer-da-carnificina_1510233

domingo, 28 de agosto de 2011

Algures...

Não que tenha de começar “em grande”, mas será evidente a minha tendência para determinado género, e será determinantemente impossível camuflar a minha identificação quase absurda de tão real com a visão de Sofia Coppola, que roça a minha (não obstante não gozar do mesmo talento para a transformar em arte…).
Todo e qualquer filme da “minha” Sofia é antecipado com a ansiedade de uma criança no Natal. Espreito, como se procurasse os embrulhos guardados pelos pais temerosos da descoberta, todos os trailers, músicas já escolhidas, actores seleccionados, entrevistas de “mercado negro”, opiniões, antevisões, antestreias, demonstrações antecipadas em Cannes, críticas (ainda que com a reserva habitual de saber tratar-se de um génio vezes demasiadas incompreendido). Conto os dias e asseguro o ritual: qualquer filme meu é obrigatoriamente visto numa sala de cinema. Desde As Virgens Suicidas, as quais foram lamentavelmente descobertas tardiamente, e portanto, contra todas as superstições e rituais, alugadas e vistas em casa, fiquei presa. Como em qualquer descrição de uma coisa que vemos como só nossa, as palavras não preenchem, deixam espaços vazios. Falar de planos imperfeitos de tão reais, fotografia precisa, banda sonora indubitável e criteriosamente encaixada, personagens de coerência e densidade sem precedentes, é redutor. A Sofia é a Sofia, e qualquer detalhe deixado de fora na descrição não lhe faz justiça. Toda ela é detalhe, pormenor, mas é-o tão desestruturada e impulsivamente que o torna doloroso. Entra, toca, arranca e foge. Não permanece. Como se gritasse, sempre em entrelinhas, que o belo se esvai, a felicidade escapa, e o momento não foi feito para se agarrar. De que valeria se se tornasse rotineiro?!
Este não é um post sobre o Somewhere. Nem um post sobre quanto o Somewhere é o decalque e, simultaneamente, o oposto do Lost in Translation (veja-se ambas as cenas quase finais e as palavras sussurradas a contrastar com o grito desesperante de quem se silenciou demasiado tempo).
Não é um post sobre quanto o Somewhere é a tradução literal da “Homesick” dos Kings of Convenience.
É um post que vai recusar referir a genialidade de quem pega em quotidiano e o transforma em felicidade crua (não sem a dose inevitável de amargura e nostalgia que a caracterizam, por não ser eterna).
Esses estão prometidos à partida. Este blog não seria meu se não pusesse a Sofia na ribalta.
Este é um post mais simples. É um que agradece à amiga que vê Sofia Coppola e pensa em mim.
É reconfortante. E é só. E um só que não é pouco.
Somewhere, I’m sure…